RESUMO
• Contrato com empresa prevê gasto de quase R$ 16 milhões em um ano
• Cada porteiro terceirizado custa R$ 1.111 a mais que um servidor de mesma função
• Terceirizados não contribuem para o IPERN e prejudicam a previdência estadual
• SINSP insiste para que governo realize concurso público
O governo do RN renovou contrato de cerca de R$ 16 milhões com a empresa Interbrasil Representação e Serviços de Mão de Obra Ltda, para a terceirização de porteiros nos colégios do Estado. O secretário Getúlio Marques assinou o documento que prorroga a atuação da empresa por mais 12 meses nas escolas.
Um porteiro terceirizado custa ao Estado R$ 2.545,00. Se o governo utilizasse funcionários públicos o valor seria de R$ 1.434,00. O RN deixa de economizar R$ 1.111 por cada pessoa terceirizada apenas nesse contrato.
O custo total do contrato é de R$ 15.906.448,92, o equivalente a R$ 1.325.537,41 pagos a empresa terceirizada todos os meses. A opção de terceirização é absurdamente mais cara para os cofres públicos.
Terceirizados não contribuem para o IPERN
Fica evidente a deficiência que a terceirização traz ao próprio estado. Além de gastar mais, também agrava a situação da previdência estadual e prejudica o serviço público, já que não contribui para a manutenção dos servidores de carreira.
O SINSP insiste para o governo do RN priorizar a realização de concurso público em detrimento à contratação de mais terceirizados, como forma de aumentar a arrecadação, uma vez que colocaria mais trabalhadores no sistema previdenciário.
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