Maria da Conceição Araújo é mais um exemplo de uma mulher que se dedicou durante mais de 30 anos ao serviço público e que agora, após a aposentadoria, sofre transtornos ocasionados pelo desprezo do governo do Estado com seus funcionários que têm empréstimos consignados com instituições bancárias. A falta de uma ação do governo com os bancos fez com que milhares de servidores se endividassem ainda mais e ampliasse o sofrimento em suas famílias. Ainda pior que isso, o Estado segue cometendo crime de responsabilidade e debitando as parcelas dos empréstimos consignados dos servidores, mas não está repassando os valores para as instituições bancárias.

O caso da servidora aposentada de Caicó é mais uma grave situação contada pelo SINSP sobre a falta de repasse do governo dos empréstimos consignados. A dívida de Conceição chegou ao fim em 2019 e mesmo assim a Caixa Econômica Federal segue a cobrando parcelas não repassadas para o banco.

“Recebi várias cartas do banco. Estão até aqui em casa. Quando começou o ano eu fui lá e disse que o problema não era comigo, era com o governo do Estado que tinha que repassar as parcelas”, lembra a servidora.

Estado deixou de repassar as três últimas parcelas do empréstimo de Conceição. O valor total é de R$ 870,00. Ou seja, o governo desviou R$ 870,00 do salário de Maria da Conceição e não prestou conta.

A situação gerou desconforto para a servidora e deixou seu nome negativado.

“Fui comprar uma coisa e disseram que meu nome estava no SPC. Nunca mais fui comprar nada porque fiquei com vergonha. Pior que a gente fica sem poder comprar”.

Conceição está convicta que vai ter que resolver o problema na Justiça e por isso acionou a assessoria jurídica do sindicato.

“Esses valores foram descontados no contracheque. Ainda bem que tem como comprovar que não devemos nada”.

O SINSP exige uma imediata resolução por parte do governo do Estado. Os servidores mais humildes estão passando fome e não podemos nos calar em meio a omissão do governo!

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