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19/11/2020
Consignados: "Como é que vou pagar uma coisa se já paguei", questiona servidor
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Continuamos contando histórias de servidores que estão sofrendo com a criminosa ação do governo de retirar parcelas de empréstimos consignados do contracheque dos funcionários e não repassar os valores para os bancos. O Estado está descaradamente cometendo crime de responsabilidade e apropriação indébita. Antes disso, o governo já tinha deixado os seus funcionários na mão quando optou por não negociar com as instituições bancárias a suspensão dos consignados durante o período da pandemia. O que ocasionou mais endividamentos dos servidores.

Em Natal, Valério Morais é mais um exemplo da criminosa atitude do governo. Após seis anos pagando o seu empréstimo consignado, que teve fim em dezembro de 2019, o servidor agora é constantemente ameaçado pelo Banco Olé, pois o Estado não pagou as parcelas do consignado.

“O banco entrou em contato e quer que eu pague as 45 parcelas que faltam. Disseram que não tem acordo. Como é que vou pagar uma coisa se já paguei?”, afirma o servidor que teve todas as parcelas descontadas mensalmente de seu contracheque.

Agora o banco cobra através de cartas e ligações mais de R$ 4.000,00.

“Tô tendo muita dor de cabeça. Já sou de idade, tenho problema de hipertensão, diabetes... Ainda discuti com uma menina do banco e depois pedi desculpa porque sei que a culpa não é dela, é do Estado”.

 

Dor de cabeça em dobro

Valério ainda sofre com outro empréstimo consignado que ainda está pagando.

“Tenho outro empréstimo com a Caixa. Esse ainda não acabou, só que todos os meses chega uma carta dizendo que a parcela não foi repassada pelo Estado. Tá sendo descontado normalmente, mas não repassam”.

O governo do RN está descontando do salário do trabalhador as prestações dos consignados e deixando de repassar para as instituições financeiras. Com isso, o Estado comete crime e deve ser responsabilizado por apropriação indébita e responder por danos morais.

O SINSP exige uma imediata resolução por parte do governo do Estado. Os servidores mais humildes estão passando fome e não podemos nos calar em meio a omissão do governo!

 

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