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19/03/2020
SINSP repudia exigência da SEEC para que funcionários da educação continuem trabalhando em cenário de pandemia
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O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta do Rio Grande do Norte repudia a exigência feita pela secretaria de educação e que vem sendo cumprida à risca por gestores de todas as direds, como por exemplo Joás Andrade, diretor da 1ª DIREC-Natal, que direcionou os funcionários das escolas estaduais, com exceção dos docentes, a continuarem indo trabalhar em sistema de escalas. Fechar as escolas e ainda assim obrigar os trabalhadores a estarem em seus locais de trabalho é se eximir do básico frente o cenário de pandemia atual: entender que a prevenção de funcionários do estado, alguns do grupo de risco, que também são familiares e vizinhos de alguém, é obrigação pública e uma questão sanitária.

"Os docentes e discentes estão liberados.  Os servidores podem e devem fazer rodizios.  Os terceirizados tem vínculo trabalhista com a empresa.  Somos servidores do estado.  trabalhamos anualmente e temos , pela lei 30 dias de férias.  Gente, não vamos cpmplicar ainda mais.  Vamos passar por esta turbulência.  Tá  difícil? Tá! mas, podemos e devemos nos unir para descomplicar.  Estou tão angustiado como qualquer um, estou no grupo de risco. Vamos ter sensatez e racionalidade neste momento de dificuldade. Joás Andrade da Secretária de Educação", enviou Joás aos trabalhadores.

O SINSP orienta, no entanto, que os funcionários permaneçam em suas casas, conforme orientações dos órgãos competentes de saúde, para que dessa forma contribuam com as ações de prevenção para si e para os seus. Direcionamento contrário à esse, mesmo com as escolas já fechadas pela orientação do próprio governo, é de total irresponsabilidade e negligência com os demais funcionários que diariamente também contribuem com o funcionamento do executivo estadual. O SINSP está à disposição dos trabalhadores e continua trabalhando em sistema de plantão, sendo possível entrar em contato pelo telefone (84) 3201.4130.

O que por hipótese alguma pode-se aceitar é o risco à contaminação e a omissão de gestores estaduais com tratamentos tão pífios como o solicitado.

Reiteramos ainda que aqui no estado, todos os 463 leitos de UTI encontram-se, hoje, ocupados. O motivo da lotação, no entanto, não é o Coronavírus, mas nos faz alertar a fragilidade do sistema público de saúde, que seria incapaz de dar conta da população potiguar em caso da proliferação rápida do vírus, como vem acontecendo em outros estados. Por isso, a prevenção - pra pessoas dentro e fora da zona de risco - é tão importante.

No Brasil, já são 291 casos confirmados, segundo divulgado pelo Ministério da Saúde, no qual o primeiro caso de morte aconteceu na manhã da última terça-feira (17), em São Paulo. Em todo o mundo, 7.955 mortes foram registradas pela doença.

é uma questão sanitária


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